segunda-feira, junho 28, 2010

O turismo criativo

Os consumidores do turismo criativo procuram experiências interactivas para ajudar no seu desenvolvimento pessoal e aumentar o seu capital criativo. O turismo criativo envolve não apenas ver, não apenas “estar lá”, mas uma interacção reflexiva por parte dos turistas.
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J. Cadima Ribeiro

sábado, junho 26, 2010

A procura de novos caminhos: o Minho-Lima, um destino de turismo cultural criativo?

O turismo criativo envolve não apenas ver, não apenas “estar lá”, mas uma interacção reflexiva por parte dos turistas.

Será o Minho-Lima capaz de posicionar-se neste mercado?

Para lá chegar, precisará de posicionar-se como destino de turismo cultural, que não é ainda, pese o seu potencial de recursos culturais.
Para lá chegar, muito antes, precisará de:
consolidar-se como destino turístico enquanto tal, quer dizer, será necessário que todos os agentes, públicos e privados, desenvolvam acções no sentido de uma utilização mais eficiente dos recursos endógenos, bem como definam e, consequentemente, promovam uma imagem da sub-região como destino turístico comum;
e, adicionalmente, de:
i) superar a ausência de uma cuidada organização e administração dos recursos turísticos;
ii) ultrapassar a escassa oferta de alojamento e de restauração de qualidade/alto nível;
iii) resolver algumas fragilidades ao nível das acessibilidades;
iv) desenvolver um plano de oferta de eventos e actividades de animação mais regular e mais consistente;
v) apostar na qualificação dos recursos humanos ao serviço do sector e na qualificação dos serviços prestados;
vi) desenvolver uma cultura empresarial mais propensa ao associativismo e à cooperação;
vii) superar as lacunas graves existentes na promoção turística do território;
viii) enfrentar as indefinições em matéria de estratégia e organização do sector e contribuir para a construção de uma nova organização institucional (e territorial) do turismo regional e nacional.

J. Cadima Ribeiro

sexta-feira, junho 25, 2010

“Alto Minho: destino turístico cultural e criativo” ?

Conferência “Alto Minho, destino turístico cultural e criativo”

[CER - Centro de Estudos Regionais
Novas Conversas sobre nós
25 de Junho de 2010 / 21,00 horas
ESTG/IPVC, Viana do Castelo]

quinta-feira, junho 24, 2010

"Mouras encantadas, bruxas, almas penadas, lobisomens e que +"

«O projecto MEMÓRIAMEDIA tem o prazer de anunciar o lançamento do trabalho de recolha realizado no concelho de Torres Vedras – freguesias da Maceira, Matacães e A-dos-Cunhados.
Assista ao documentário sobre as mais variadas histórias deste concelho – mouras encantadas, as danças de roda, as festas e romarias, o mistério das bruxas, das almas penadas e dos lobisomens.
Parceria Fábrica das Histórias – Casa Jaime Humbelino e Câmara Municipal de Torres Vedras.

O projecto MEMORIAMEDIA tem como objectivo fixar por meios multimédia momentos da tradição oral, organizar e divulgar os conteúdos no formato web-vídeo. Este projecto resulta de parceria entre o I.E.L.T – Instituto de Estudos de Literatura Tradicional da Universidade Nova de Lisboa e Memória Imaterial - Cooperativa Cultural CRL
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Memoria Imaterial
Cooperativa Cultural - CRL
http://www.memoriamedia.net/
móvel 962619496
móvel 918107756»
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(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, com a proveniência que se identifica)

terça-feira, junho 22, 2010

"A receptividade e postura dos habitantes do destino turístico são peça essencial da atractividade do lugar"

Impactos percebidos pelos residentes de Guimarães do desenvolvimento turístico da cidade

(título de mensagem, datada de hoje, disponível em Economia Portuguesa)

"XXXVI Reunión de Estudios Regionales Elvas-Badajoz. ÚLTIMO RECORDATORIO"

"Estimados miembros de la AECR,
Os recordamos que el plazo límite e improrrogable para el envío de resúmenes a la XXXVI Reunión de Estudios Regionales es el próximo viernes, día 25 de junio.
La dirección online de la Reunión es http://www.reunionesdeestudiosregionales.org/, en la que podréis consultar las diferentes Áreas Temáticas del Congreso.
También os recordamos que es preciso registrarse online (login) para gestionar las cuestiones personales relativas a la inscripción y envío de resúmenes y comunicaciones.
Por último, os agradeceríamos que colaboraseis en la difusión del Congreso, transmitiendo esta información entre vuestros contactos.
Comité Organizador de la XXXVI RER"
(reprodução de mensagem entretanto recebida, com a proveniência identificada)

segunda-feira, junho 21, 2010

Projecto de alta velocidade em Portugal

A questão da alta velocidade em Portugal é um assunto importante e deve ser muito reflectido, pois pode ter uma importância fundamental para que o nosso país passa dar um passo decisivo na sua relação com a Europa e com o mundo.
Para Portugal como um país periférico em relação a Europa, a RAV (rede de alta velocidade), com ligação a Espanha e posteriormente a toda a Europa comunitária é no meu entender muito importante, ligando o país de um modo mais rápido e ambientalmente sustentável ao restante espaço europeu.
Pode ainda ser de vital importância para Portugal a sua posição geográfica, encostado ao Atlântico, pois se por um lado está muito periférico em relação ao centro da Europa está por outro lado no centro do mundo, se tivermos em linha de conta o comercio mundial que está em plena expansão, na época da globalização. As relações privilegiadas que Portugal tem com vários países do continente africano e o Brasil, assim como as boas relações com os países latino - americanos, torna o nosso país mais central relativamente aos restantes países do mundo. Podendo com isso ser uma porta preferencial de entrada e saída de produtos nas trocas comercias da Europa com o resto do mundo e vice - versa, tornando-se uma importante plataforma comercial, tirando assim importantes receitas financeiras.
Penso que este projecto da alta velocidade é muito importante para Portugal mas também para a Europa comunitária. Pois abre-lhe portas com acesso facilitado e mais económico, pois se o transporte de mercadorias for feito por via naval até aos nossos portos de mar e a partir de cá em transporte ferroviário, torna-se economicamente mais rentável e com uma logística mais fácil do que o transporte por via aérea. É por este facto que o projecto da alta velocidade ferroviária prevê a ligação com os portos de mar de Leixões, Aveiro, Lisboa, Setúbal e Sines. Para o país ficar bem melhor servido de infra-estruturas ferroviárias é também importante os locais de interface de ligação previstos com a rede ferroviária existente.
Acho que esta questão da alta velocidade ferroviária portuguesa tem sido mal explicada ao povo e também serva de arma de arremesso politico por parte da oposição de direita ao governo e também de alguma comunicação social, que com a desculpa da crise económica, tenta-se fazer passar a ideia que é mais um projecto megalómano e despesista do governo, que só serve os interesses de alguns e pode hipotecar as gerações futuras.
Isto não é bem assim, se observarmos atentamente os dados, verifica-se que o financiamento da obra tem um grande apoio da UE (união europeia) e de investidores privados. Afinal o Estado Português e todos nós só suportamos cerca de 37% do custo da linha, os fundos comunitários 18% e com os lucros da exploração paga-se 45%, desse investimento. Mas ao contrario do que se diz são principalmente as gerações futuras a usufruir de mais-valias como a diminuição do tempo de viagem entre as principais cidades do país, com mais uma alternativa de transporte rápido para a Europa comunitária, menores custos energéticos e ambientais, menos acidentes rodoviários, mais emprego e um aumento do PIB (produto interno bruto) e das receitas fiscais.
Outra forma de viabilizar o projecto são as PPP (parcerias público - privadas), pois permite antecipar uma importante percentagem do financiamento necessário para a construção, assegurando a necessária sustentabilidade orçamental no curto e no longo prazos, na medida em que dilui os encargos do Estado durante um prolongado período de concessão. Claro que esta solução provoca um aumento dos custos de financiamento, que no entanto é compensado pela diminuição expressiva da exposição do Estado ao risco e por ganhos de eficiência.
A oportunidade para o arranque da obra no meu entender pode ser este, porque é em épocas de crise que os investimentos são fundamentais para contribuírem na retoma económica, é nesta altura que tem maiores reflexos na redução de custos com materiais e mão de obra, por outro lado as empresas por falta de grandes obras podem dar orçamentos mais baixos para garantir a concessão, baixando o custo final da obra. Além disso é uma oportunidade à criação de emprego e para desenvolver a tecnologia, a inovação, a competitividade da economia e a coesão social e territorial do país. Os fundos comunitários destinados a alta velocidade, no (QREN 2007 - 2013) Quadro de referência estratégico Nacional, na ordem dos 1487 milhões de euros são por si também uma oportunidade para mais investimento no país.
No ambiente os benefícios de viajar de comboio são evidentes, com a redução significativa da produção de CO2 e com uma eficiência energética até 5 vezes maior que o avião ou automóvel, com a redução da poluição e das alterações climáticas e ainda com a diminuição da sinistralidade. Os benefícios externos do projecto poderão atingir 245 milhões de euros/ano, tendo como ano de referência 2025.
A rede de alta velocidade (RAV) em Portugal à médio - longo prazo é positiva para Portugal, segundo os estudos feitos por vários organismos e economistas nacionais e internacionais. E como se pode verificar também pela experiência de outros países da EU, que já possuem a vários anos a rede de alta velocidade ferroviária. Por outro lado nosso país deve contribuir para rede europeia de transportes ferroviários que está prevista ser concluída até o ano de 2025, para a todos os 27 países do espaço Europeu. Mostrando assim um grande esforço económico e politico da comissão europeia para se atingir este objectivo.

Américo José Vieira de Castro

(artigo de opinião elaborado no âmbito da u.c. Economia Política e Regional do Mestrado em Geografia, do ICS/UMinho)

"Clusters" e a Competitividade Regional

Segundo Porter (1998), um cluster "trata-se de concentrações geográficas de empresas interligadas, fornecedores especializados, provedores de serviços, empresas em indústrias, englobando tanto pequenas empresas como grandes estruturas empresariais e as instituições que lhe estão associadas – universidades, agências públicas de certificação, e standards, associações empresariais – em áreas específicas que competem e cooperam entre si".
Os clusters aumentam a produção, fomentam a inovação e promovem uma maior eficácia no aproveitamento dos recursos disponíveis de uma determinada região, fruto de uma grande cooperação entre entidades. O estabelecimento dos clusters passa por uma cooperação para a competitividade regional e local que leva a uma redução de custos de transacção, estimulam a complementaridade no uso dos recursos e promovem um aumento das competências.
A localização do cluster é uma vantagem competitiva, sendo certo que determinadas regiões organizam as suas políticas económicas e sociais em redor de Clusters, partindo de uma idealização de intervenção circunscrita, de forma a potenciar as sinergias locais relativamente ao crescimento e inovação económica. Contudo, a implantação de clusters deve seguir um decurso natural, apoiado nas empresas e não somente em medidas de entidades públicas, precavendo-se assim da volatilidade política. Relativamente ao papel das autoridades locais na cooperação ao desenvolvimento de clusters de base regional, este deverá passar por focar alguns pontos fundamentais, tais como, a mobilização, o diagnóstico, a colaboração estratégica e a implementação e avaliação.
Em Portugal encontra-se bem vincado a presença de alguns clusters regionais desenvolvidos e geograficamente concentrados como são o caso, da cortiça, o calçado, as pedras ornamentais e os moldes. Além destes também é possível verificar no país a presença de clusters em desenvolvimento, tais como, os produtos florestais, os têxteis, vestuário e imobiliário, e clusters que podem e devem ser desenvolvidos, como o turismo, vinho, automóvel.
No entanto, a maioria destes clusters demonstra pouca solidez dada a falta de indústrias relacionadas e de suporte. A problemática dos clusters em Portugal tem origem no facto destes se apoiarem muitas vezes na exploração dos recursos naturais e humanos, ao contrário do que seria desejado. O ideal seria apoiarem-se no conhecimento capaz de gerar valor e inovação.
Num período de crise económico-social, onde vemos diariamente empresas fechando a suas portas, colocando milhares de pessoas no desemprego, era de todo pertinente uma politica de clusters coesa, associada a áreas de actividades inovadoras, científicas e tecnológicas, capazes de ser instrumentos impulsionadores da competitividade nacional e fomentar o desenvolvimento regional. É fundamental uma reestruturação na economia portuguesa, capaz de criar empresas empreendedoras, criativas e que em conjunto consigam ser competitivas no mercado internacional, de forma a reduzir as importações, aumentando a exportações.
Diversos países europeus adoptaram politicas clusters eficazes e com excelentes resultados, tendo uma balança comercial mais equilibrada que a portuguesa, ex. Espanha, Finlândia e Suécia. Desta forma, acho fundamental o desenvolvimento económico alicerçado, em diversos sectores ainda não explorados, numa política de clusters, nomeadamente no turismo, nas novas tecnologias, na investigação aproveitando os milhares de licenciados desempregados e outros relacionados com a nossa extensa costa marítima, permitindo assim impulsionar as economias regionais e a sua produtividade.

André Alberto da Costa Lima
(artigo de opinião elaborado no âmbito da u.c. Economia Política e Regional do Mestrado em Geografia, do ICS/UMinho)

“Quadrilátero Urbano do Baixo Minho”

Numa época em que os mercados internacionais são cada vez mais competitivos e globalizados verifica-se uma necessidade crescente de cooperação entre as cidades de pequenas dimensões, com o objectivo de enfrentarem esta nova realidade internacional e a forte concorrência que esta representa. Neste contexto, tem-se vindo a observar diversos exemplos de cooperação entre cidades de pequenas dimensões, que visam, fundamentalmente, aumentar a sua capacidade produtiva e populacional e minimizar os custos necessários ao seu desenvolvimento, como por exemplo ao nível das infra-estruturas. Este é o caso do designado “Quadrilátero Urbano do Baixo Minho” que reúne quatro municípios - Barcelos, Braga, Guimarães e Famalicão -, formando uma rede urbana mais competitiva. No seu total, este quadrilátero urbano reúne cerca de 600 mil pessoas, segundo os dados de 2006 do INE, e beneficia da proximidade existente entre estes quatro pólos urbanos.
Este projecto denominado de “Quadrilátero Urbano para a Competitividade, a Inovação e a Internacionalização”, para além dos municípios já referidos, conta com a parceria de diversas entidades como é o caso da Universidade do Minho, da Associação Industrial do Minho e do Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal. Enquadra-se numa iniciativa governamental denominada Política de Cidades POLIS XXI, e visa vencer as fragilidades do sistema urbano nacional, responder às necessidades cada vez mais complexas que as cidades enfrentam e fazer destas cidades motores efectivos do desenvolvimento das regiões e do País.
As principais acções previstas a implementar neste projecto passam pela instalação de uma malha regional de fibra óptica, pela criação de um sistema integrado de mobilidade e de transportes e pela melhoria da produtividade das empresas (Bastos & Ribeiro, 2010).
A instalação de uma malha regional de fibra óptica constitui uma necessidade da sociedade moderna, pois cada vez mais as telecomunicações assumem um papel determinante na vida das empresas e da sociedade em geral. Esta permitirá uma maior capacidade e velocidade de transmissão da informação, numa era em que a sociedade é cada vez mais digital. Relativamente à criação de um sistema integrado de mobilidade e transportes, consideramos que é fundamental uma intervenção que reestruture as possibilidades actuais e que crie alternativas mais eficientes. Embora já existam ligações rodoviárias rápidas (auto-estradas) que estabelecem a ligação das diferentes cidades do quadrilátero, estas implicam custos para os seus utilizadores, o que condiciona a sua utilização diária. As alternativas existentes não permitem uma deslocação rápida entre os diferentes espaços, sendo por norma estradas nacionais, pouco eficientes, que nas horas de ponta apresentam graves problemas em escoar o trânsito. Uma das possibilidades seria o desenvolvimento de uma rede de transportes alternativos, que passaria, essencialmente, pelos caminhos-de-ferro. Este meio de transporte poderá constituir uma boa alternativa em termos económicos, ambientais, bem como ao nível da eficiência e da eficácia.
No que diz respeito à melhoria da produtividade das empresas, este parece ser um campo de destaque pois, de um modo geral, o sector empresarial desta região tem vindo a sofrer, nas últimas décadas, uma perda significativa da sua dinâmica dando a sensação de ter “parado no tempo”, agarrando-se a um sistema produtivo tradicional e pouco competitivo. Assim sendo, é decisivo que estes municípios criem condições que estimulem a criatividade dos jovens empresários e das próprias empresas, de modo a dinamizar os mercados existentes e a criar novos mercados alternativos. É fundamental que sejam adoptadas medidas que incentivem as empresas regionais a apostarem na qualidade e nos mercados mais elitistas, pois, deste modo, poderemos criar a diferença em relação aos mercados que têm surgido nas últimas décadas. A título de exemplo poder-se-á referir a marca de calçado “Fly London”, produzida numa fábrica em Guimarães, que domina actualmente os mercados Britânicos.
Em suma, num período em que domina um cenário mundial de crise é importante que se desenvolvam estratégias para dinamizar as regiões portuguesas. O projecto do “Quadrilátero Urbano do Minho” poderá ser uma iniciativa extremamente importante para o desenvolvimento destas regiões que, de um modo geral, tem vindo a sofrer, nas últimas décadas, de uma perda significativa da dinâmica empresarial.
Consideramos que o desenvolvimento destas acções trará imensas mais-valias para a dinamização económica desta região, na medida em que dinamizará áreas cruciais para um crescimento económico mais sustentável e ajustado aos desafios actuais. Para atingir os objectivos propostos, é essencial a implementação efectiva dos projectos, e uma gestão eficiente e eficaz dos recursos destinados para aquele fim, o que, lamentavelmente, nem sempre se verifica no nosso país. Trata-se de um projecto que envolve um grande investimento de capitais, cujo retorno poderá ser multiplicado caso as verbas sejam devidamente aplicadas.
José Manuel Castro Salgado

Bibliografia

Bastos, N. P. & Ribeiro, J. C. (2010). O Quadrilátero Urbano do Baixo Minho para a Competitividade e Inovação. Braga: Universidade do Minho – Escola de Economia e Gestão.
(artigo de opinião elaborado no âmbito da u.c. Economia Política e Regional do Mestrado em Geografia, do ICS/UMinho)

sexta-feira, junho 18, 2010

Escalas y políticas del desarrollo regional. Desafíos para América Latina

Escalas y políticas del desarrollo regional. Desafíos para América Latina
Víctor Ramiro Fernández y Carlos Brandão
Directores

Autores
Carlos Brandão, Víctor Ramiro Fernández, Sara González, Rosa Moura, Jamie Peck, Blanca Rebeca Ramírez, Valdir Roque Dallabrida, Erik Swyngedouw, Carlos Vainer.

Editorial Miño y Dávila
Mayo de 2010.
ISBN 978-84-92613-39-7

Desde 1980 se viene dando un impulso fundamental, especialmente por parte de la geografía política del mundo anglosajón, al debate sobre el concepto y el papel de las escalas en el marco de análisis de la noción de espacio y sus vínculos con la constante redefinición de las relaciones sociales y económicas. La temática de las escalas espaciales ha venido ganando relevancia en un gran número de disciplinas de las ciencias sociales. El abordaje de la realidad en términos de escalas y de "narrativas escalares" ha contribuido a la comprensión de la forma en que se han venido entramando espacialmente las complejas estrategias e intervenciones de actores sociales e institucionales heterogéneos, que procuran preservar, ampliar y redefinir el sistema de poder, a veces en cooperación y a veces en lucha sobre "otros". Ello desafía constantemente a examinar esas estrategias, sus efectos y respuestas, así como sus vínculos con los procesos y dinámicas de desigualdad social y territorial que ganan cotidianamente lugar bajo el sistema capitalista. Desde una perspectiva dominantemente latinoamericana, que no obstante dialoga con las contribuciones relevantes del mundo europeo y anglosajón, el presente libro recoge ese desafío, y trata de dar cuenta de la centralidad de la problemática de las escalas para el análisis de las dinámicas regionales y urbanas y el desentrañamiento de las limitaciones presentes en muchos de los enfoques del desarrollo territorial que han dominado recientemente. El poder y sus inequidades, los intereses contrapuestos y las dinámicas social y espacialmente contradictorias desarrolladas por el capitalismo, recorren y, en gran medida, terminan hilvanando los trabajos de este libro, que procura no agotarse en diagnósticos y avanzar en la provisión de insumos para escenarios alternativos.
*
(reprodução parcial de mensagem promocional que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico)

quinta-feira, junho 17, 2010

“Infrastructures and productivity: an updated survey”

“The relationship between infrastructures and productivity has been the subject of an ongoing debate during the last two decades. The available empirical evidence is inconclusive and its interpretation is complicated by econometric problems that have not been fully solved. This paper surveys the relevant literature, focusing on studies that estimate aggregate production functions or growth regressions, and extracts some tentative conclusions. On the whole, my reading of the evidence is that there are sufficient indications that public infrastructure investment contributes significantly to productivity growth, at least for countries where a saturation point has not been reached. The returns to such investment are probably quite high in early stages, when infrastructures are scarce and basic networks have not been completed, but fall sharply thereafter. Hence, appropriate infrastructure provision is probably a key input for development policy, even if it does not hold the key to rapid productivity growth in advanced countries where transportation and communications needs are already adequately served.”

Angel de la Fuente

Date: 2010-06-02
Keywords: infrastructures, public capital, productivity
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:aub:autbar:831.10&r=pbe

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

terça-feira, junho 15, 2010

A importância da Economia para a Geografia

A Geografia por muitos autores é caracterizada como uma ciência que estuda as características dos fenômenos da Terra, ou a descrição da superfície terrestre, ou o estudo do espaço, ou ainda o estudo da individualidade dos lugares, entre outros. MORAES (1983), considera que esta concepção usual é ao mesmo tempo a de maior vaguidade. “Pois, a superfície da Terra é o teatro privilegiado (por muito tempo o único) de toda reflexão científica, o que desautoriza a colocação de seu estudo como uma especificidade de uma só disciplina.” (MORAES, 1983:31)
Neste contexto, a ciência Geográfica por muito tempo limitou-se apenas na descrição da Terra, por isto sua origem etimológica é Geo Terra e Grafia Descrição, dessa forma, a Geografia ao descrever todas as manifestações dos fenômenos na superfície terrestre poderia ser considerada como uma ciência síntese de todas as demais. Esta definição pode ser apoiada por algumas das concepções formuladas por Kant, o que, para este autor, segundo MORAES (1983) “haveria duas classes de ciências, as especulativas, apoiadas na razão, e as empíricas, apoiadas na observação e nas sensações. (MORAES, 1983:31)
À Geografia caberia buscar as inter-relações entre fenômenos de qualidades distintas que coabitam numa determinada porção do espaço terrestre. Surgindo assim uma nova definição, citada por ANDRADE (2008), em que, a Geografia seria ”a ciência que estuda a distribuição dos fenômenos físicos, biológicos e humanos pela superfície da Terra” (MARTONNE, citado por ANDRADE, 2008).
Está nova concepção pode ser considerada como um avanço, pois, a Geografia deixou de ter como principal característica a descrição e passou também a explicar como e por que da distribuição física e socioeconômica no espaço.
Nesta perspectiva, entre todas as disciplinas e ciências que contribuem com a Geografia, a Economia se mostra como sendo de suma importância, principalmente pelo modelo de desenvolvimento e crescimento econômico adotado pelos mais diversos países a partir da segunda metade do século XX, considerando o modelo capitalista, além de, considerar os aspectos da globalização.
Dessa forma, a Economia, mostra-se importante não só por várias de suas teorias ajudar a explicar os mais diversos fenômenos sociais, ambientais e econômicos e sim porque através dos aspectos econômicos pode ser definido a organização ou reorganização do espaço. Como já mencionado, a Geografia sendo uma ciência que analisa todos os aspectos referentes e inseridos no espaço não poderia desconsiderar a Economia como uma ciência base, principalmente ao considerar que muitas das teorias econômicas contribuem para justificar e analisar o espaço.
Nos dias de hoje, a Economia não é apenas considerada como um motor para o crescimento e desenvolvimento, em muitos casos, é o “norte” ela pode delimitar e hierarquizar em diferentes escalas, seja, o município, região ou país a funcionalidade e, a partir dela, medidas políticas serem tomadas. Além, de ser uma ciência que permite também fazer análises de fatos cotidianos, desigualdade social, geração de empregos, sistema previdenciário, entre outros.
A importância da Economia para a Geografia é na mesma proporção que da Geografia para a Economia, como citado por SANTOS (2003) ao analisar as novas necessidades do capitalismo deveriam implicar no desenvolvimento de uma teoria do espaço posta a serviço do capital. O mesmo retrata que “desde a II Guerra Mundial, um número crescente de economistas começou a se interessar por problemas do espaço, enquanto os geógrafos preocuparam-se mais com problemas econômicos.”(SANTOS, 2003:19)
Ou seja, na ciência não existe um saber único ou mesmo delimitação de áreas de saberes, uma ciência pode se apoiar na outra e vice-versa, e mesmo diversos ditos “especialistas” ou profissionais de uma área do saber podem contribuir para a ciência que não de sua especialidade.

Dalila Santos[1]
[1] Dalila de Fátima Moreira dos Santos – Geógrafa formada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais- Brasil e atual mestranda do curso de Geografia – Planeamento e Gestão do Território da Universidade do Minho Portugal. Email: <moreira_dalila@yahoo.com.br >

Principais Referências Bibliográficas
ANDRADE, Manuel Correia. Geografia da Sociedade. Recife. 2008. Editora Universitária UFPE. 2ª Edição
DINIZ, Clélio Campolina e LEMOS, Mauro Borges (ORG). Economia e Território. Minas Gerais. 2005. Editora UFMG
DOWBOR, Ladislau e KILSZTAJN, Samuel (Org). Economia Social no Brasil. São Paulo. 2001. Edirora SENAC
MORAES, Antônio Carlos Robert. Geografia – pequena história critica. 1983. Editora AnnaBlume. 20ª Edição
SANTOS, MILTON. Economia Espacial – Criticas e Alternativas. São Paulo. 2003. Editora da Universidade de São Paulo. 2ª Edição
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(artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular Economia e Política Regional do Mestrado em Geografia, do ICS/UMinho)

segunda-feira, junho 14, 2010

Congresso: Empreendorismo e valorização sustentável do território

I CONGRESSO INTERNACIONAL EMPREENDEDORISMO E VALORIZAÇÃO SUSTENTÁVEL DO TERRITÓRIO

Local de Realização:
Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viana do Castelo
Refóios do Lima 4990-706 Ponte de Lima
Telef: 258 909 740 Fax: 258 909 779
Site: http://www.esa.ipvc.pt/
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Perí­odo de Realização:
17 e 18 de Junho de 2010

(cortesia de Paula Cristina Remoaldo)

domingo, junho 13, 2010

7.º Workshop da APDR e 36.ª Reunião de Estudos Regionais da Associação Espanhola

«Caro Colega,
A APDR e a AECR acordaram conjugar a realização do 7.º Workshop da APDR com a 36.ª Reunião de Estudos Regionais da Associação Espanhola. No dia 17 de Novembro, quarta-feira, realizar-se-á o workshop da APDR em Elvas e nos dias 18 e 19 de Novembro haverá sessões da Reunião de Estudos Regionais da Associação Espanhola em Badajoz.
A organização está a cargo da Universidade de Extremadura em estreita relação com a Escola Superior Agrária de Elvas e a Universidade de Évora. Aconselhamos todos a inscreverem-se no Workshop e na Reunião de Estudos Regionais; no entanto é possível inscreverem-se apenas no workshop. Tudo é feito a partir da página do International Meeting Regional Science, Badajoz - Elvas: http://www.reunionesdeestudiosregionales.org/
Julgo ser importante participarmos activamente em grande número. Por um lado porque os temas do Congresso e do Workshop são muito interessantes. Por outro lado porque estamos interessados em repetir a experiência para o ano quando organizarmos o nosso Congresso em Bragança e pedirmos aos nossos colegas da Associação Espanhola para integrarem um workshop na Galiza ou em Léon.
Com os melhores cumprimentos,

Tomaz Ponce Dentinho

Direcção da APDR»
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(reprodução de mensagem que me caiu na caixa de correio electrónico em 2010/06/11, com a proveniência identificada)

sexta-feira, junho 11, 2010

Conferência “Alto Minho, destino turístico cultural e criativo”

«CONVITE
O CER comemora o Iº Centenário da República
Depois da exposição sobre o pensamento do Presidente da Iª República, Bernardino Machado, sobre Descentralização das Funções do Estado e o papel do Municipalismo na República, seguida da Conferência do Doutor Norberto Cunho sobre as ideias políticas, sociais e religiosas deste Presidente, chegou o momento de mais uma das "Novas Conversas sobre nós"

Dia 25 de Junho 2010 / 21 horas
Conferência "Alto Minho, destino turístico cultural e criativo"
Pelo Professor Doutor Cadima Ribeiro, Universidade do Minho
Entrada livre
Local: ESTG, Avenida do Atlântico, Viana do Castelo.
Co-organização: CER, ESTG, Núcleo APS.
Apoio especial: Câmara Municipal de Viana do Castelo

Contactos sobre esta e outras iniciativas
CER – Largo Instituto Histórico do Alto Minho, à Matriz, Viana do Castelo
Telefone 258 828 192
"Novas Conversas sobre nós" 2010-2011»
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(reprodução parcial de folheto de divulgação de conferência, da autoria da entidade organiizadora)

quarta-feira, junho 09, 2010

Seminário Internacional Brasil, Espanha e Portugal: Recursos Naturais, Sistemas de Informação Geográfica e Processos Sociais

«Prezados,
O Grupo de Pesquisa Assentamentos e o Mestrado em Extensão Rural da Universidade Federal de Viçosa (UFV) realizarão nos dias 01 e 02 de julho de 2010 o I Seminário Internacional Brasil, Espanha e Portugal: Recursos Naturais, Sistemas de Informação Geográfica e Processos Sociais.
O seminário será um espaço para apresentar e debater junto à comunidade universitária e profissionais das áreas de ciências agrárias, ciências sociais e geografia, as potencialidades e limites das novas tecnologias associadas ao uso dos Sistemas de Informação Geográfica (SIGs) nas análises de temas ambientais e socioeconômicos. O evento contará com professores de reconhecida experiência internacional na utilização dos SIGs e na abordagem e avaliação de sua eficácia quando associados ao manejo e gestão dos recursos naturais e dos processos de desenvolvimento sustentável.
Local: Auditório do Departamento de Economia Rural (DER/UFV)
[...]
Maiores informações e inscrições pelo site: http://www.assentamentos.com.br/
Valores para inscrição:
R$ 20,00 – Estudantes de Curso Técnico e Graduação
R$ 25,00 – Estudantes de Pós-graduação
R$ 30,00 – Professore e Profissionais
** Os participantes inscritos no evento receberão uma publicação com artigos dos prelecionistas.»
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(reprodução parcial de mensagem de correio electrónico entretanto recebida, com a proveniência identificada)

segunda-feira, junho 07, 2010

I Encontro CITCEM

«I Encontro CITCEM
Família, Espaço e Património
26 - 27 de Novembro 2010
O Centro de Investigação Transdisciplinar - Cultura, Espaço e Memória (Faculdade de Letras da Universidade do Porto / Universidade do Minho) organiza um encontro pluridisciplinar intitulado "Família, Espaço e Património" que decorrerá nos dias 26 e 27 de Novembro de 2010 na Universidade do Minho - campus de Azurém (Guimarães).
Call for papers/envio de propostas até 15 de Junho 2010/e-mail: citcem@letras.up.pt»

(reprodução de mensagem de correio electrónico entretanto recebida; cortesia de Paula Cristina Remoaldo)

sábado, junho 05, 2010

European Society for Rural Sociology 2010: curso de Verão

«Caros Colegas
Vai realizar-se no Instituto de Estudios Sociales Avanzados, em Cordoba, Espanha, a próxima Summer School da European Society for Rural Sociology, entre 4 e 10 de Outubro.
A ESRS promove, de 2 em 2 anos, desde 1985, Summer Schools subordinadas a diversas temáticas, com o objectivo de reunir doutorandos e pós-doutorandos e especialistas na área dos estudos rurais.
A edição de 2010 da ESRS Summer School tem como tema global «Looking at the rural, thinking about the global: New challenges and opportunities for rural studies and rural agency» - http://www.iesa.csic.es/archivo/flyer_SummerSchool_eng.pdf
A submissão de resumos dos doutorandos e pós-doutorandos interessados em participar nesta Summer School deve ser feita até ao dia 10 de Junho de 2010 para o email: mjrivera@iesa.csic.es
A frequência da Summer School é gratuita (registo, alojamento e participação), tendo os participantes apenas que suportar os custos de viagem.
Mais informações poderão ser encontradas no website da 2010 ESRS Summer School: http://www.iesa.csic.es/summerschool/index.php
Com os melhores cumprimentos

Elisabete Figueiredo»

(reprodução de mensagem que me caiu enttretanto na caica de correio electrónico, com a proveniência identificada - elisa@ua.pt)

quinta-feira, junho 03, 2010

Recuperação e revitalização de centros históricos

«. Nas cidades europeias de média/pequena dimensão, constata-se que a recuperação do centro histórico foi feita com o compromisso entre as novas dinâmicas comerciais e o comércio tradicional. Há que tirar partido da iniciativa privada para retirar contrapartidas públicas. Neste momento não é necessário um Centro Comercial para a actividade económica do Centro Histórico morrer. Ela já está moribunda;
· A instalação de serviços públicos, de residências de estudantes e reconversão de um certo número de ruas em grandes superfícies comerciais poderá ser muito profícuo para a revitalização do centro.»

ADLEI - Associação para o Desenvolvimento de Leiria

(excerto de "Memorando de Reunião da ADLEI – Conselho Consultivo", de 30 de Abril de 2010)