sexta-feira, maio 30, 2014

"Pedido de colaboração no âmbito do ´Projeto Rural Matters`"

«Caros Colegas e Amigos
Estou a coordenar o projeto Rural Matters – significados do Rural em Portugal: entre as representações sociais, os consumos e as estratégias de desenvolvimento (http://ruralmatters.web.ua.pt/), financiado pela FCT e pela UE e com uma equipa da Universidade de Aveiro, Universidade de Coimbra, Instituto Superior de Agronomia e Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Neste momento, estamos a lançar um questionário a uma amostra da população portuguesa cuja divulgação entre os vossos contactos residentes nos concelhos abaixo indicados, muito agradecíamos a vossa colaboração.
O link para o preenchimento do questionário (cujo tempo de preenchimento é inferior a 15 minutos) e que agradecíamos que pudessem divulgar é: http://tinyurl.com/ruralmatters
Agradecendo desde já toda a atenção e colaboração,
subscrevo-me
com os meus melhores cumprimentos
Elisabete Figueiredo
CONCELHOS ONDE PRECISAMOS AINDA DE RESPOSTAS (como faltam bastantes questionários, quaisquer respostas (independentemente das características dos inquiridos) serão bem vindas e encaixar-se-ão nas nossa amostra (por quotas de sexo e idade)
(NORTE)
MIRANDELA
MONÇÃO
MURÇA
S.JOÃO DA MADEIRA
VILA DO CONDE
VIZELA
(CENTRO)
FIGUEIRA DE CASTELO RODRIGO
MAÇÃO
MÊDA
NAZARÉ
PEDROGÃO GRANDE
SABUGAL
SEIA
VILA NOVA DE POIARES
(LISBOA)
LISBOA
MAFRA
(ALENTEJO)
ÁLCACER DO SAL
SERPA
(ALGARVE)
VILA DO BISPO
Elisabete Figueiredo
Sociologist
PhD in Environmental Sciences
Assistant Professor
Dep. of Social, Political and Territorial Sciences
University of Aveiro
Portugal
Phone: +351234372492
Fax: +351234372500
elisa@ua.pt»

(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio eletrónico, proveniente da entidade identificada)

quinta-feira, maio 29, 2014

Perceptions of residents of hosting the “Guimarães 2012 European Capital of Culture”: An ex-ante approach

Remoaldo, P., Cadima Ribeiro, J., Mota, M. e Vareiro, L. (2014), "Perceptions of residents of hosting the ´Guimarães 2012 European Capital of Culture`: An ex-ante approach", Tourism and Hospitality International Journal, Vol. 2, Nº 2, pp. 71-93.

segunda-feira, maio 26, 2014

Desenvolvimento Sustentável do Turismo no Porto e Norte de Portugal


(reprodução de imagens que me caíram entretanto na caixa de correio eletrónico)

quarta-feira, maio 21, 2014

Competitividade e Promoção da Cidade de Guimarães

O município de Guimarães é densamente povoado, tendo uma população de aproximadamente 158.000 habitantes, para uma área de 241,05 Km2, sendo que a cidade de Guimarães tem uma população aproximadamente de 53.000 habitantes, com uma população jovem, mas com baixos níveis de escolaridade, apresentando valores bastante inferiores à média nacional e aos da região Norte, mas mais jovem que a média regional e nacional (censos, 2011).
Como referido anteriormente, Guimarães é uma das cidades mais jovens da Europa, apresentando assim uma vantagem competitiva e com potencial para uma promoção e divulgação da cidade. Contudo, na última década, registou-se um envelhecimento da população e uma ligeira diminuição da mesma (Sales Index, 2012).
Foram constatados também baixos níveis de escolaridade. Tudo se tem feito para colmatar esta situação, uma vez que constitui um obstáculo ao desenvolvimento socioeconómico do município de Guimarães, assim como ao acesso à cultura. fruto desses esforços, têm-se verificado progressos na região (censos, 2011).
Guimarães é uma cidade com imensas tradições culturais, com festividades bastante importantes para a cidade, como por exemplo “as Gualterianas ou as Nicolinas”. Falando numa realidade mais culturalmente qualificada, podemos destacar as tradição do Cineclube de Guimarães, o Festival de Jazz, que ao longo do tempo nos tem apresentado programações de nível mundial, e no que concerne ao Museu da Sociedade Martins Sarmento, este é considerado um dos mais antigos museus arqueológicos portugueses. Destaca-se, ainda, o Centro Cultural Vila Flor, com uma programação reconhecia de elevado nível.
Guimarães situa-se numa região dinâmica e empreendedora, acima de tudo porque tem no município o campus universitário, tem também uma tradição industrial, com vocação para a exportação e uma especialização produtiva assente em setores tradicionais.  
Para além do dinamismo que a cidade apresenta, Guimarães tem um elevado património histórico, que tem vindo a ser potenciado, servindo como canal condutor do contributo para o desenvolvimento do setor terciário, nesta última década, especialmente no que diz respeito ao turismo e às atividades que lhe são inerentes, que pode ser entendido como uma estratégia para o desenvolvimento económico e promoção da cidade. 
Guimarães é conhecida como “cidade-berço”, fator considerado fortíssimo para a atração de visitantes/turistas, destacando-se o Paço dos Duques, que recebe imensos visitantes/turistas, o que o coloca entre um dos monumentos mais visitados do país, sendo que a riqueza do seu património histórico e cultural foi reconhecida pela UNESCO, em 2001, ao declarar Património Mundial o seu centro histórico, pelo facto de preservar importantes elementos medievais.
É de referir que “Guimarães 2012 CEC -  Capital Europeia da Cultura” estabeleceu uma grande oportunidade para promover a reconversão urbanística do tecido económico, nomeadamente a área de Couros, um importante núcleo de arqueologia industrial, com origem na indústria de curtumes, assente na criatividade, no empreendedorismo e na inovação, uma vez que tem vindo a acolher novos equipamentos dedicados às artes, design e educação. Tal veio contribuir para o reforço da sua competitividade e para a criação de emprego qualificado, nomeadamente através da promoção das indústrias culturais e criativas, sendo este considerado um potencial efeito positivo da CEC 2012.  
Sem dúvida que hoje em dia e muito tendencialmente os centros urbanos são destinos cada vez mais procurados pelos turistas. Em Portugal são diversos os centros urbanos que assumem um papel de destinos privilegiados nas opções dos visitantes, entre eles encontra-se Guimarães, dada a notoriedade e relevância nacional do seu passado histórico. 
Todo o património que a cidade de Guimarães possui leva a considerá-la muito atractiva, sendo este o principal motivo para os turistas a visitarem, que assenta essencialmente no seu peso histórico. Como referi anteriormente, Guimarães é considerada o Berço da Nação, o que é, de facto, um elemento com forte poder atractivo. Contudo, e sem retirar importância à sua história e património cultural, é muito importante que a cidade esteja numa constante dinamização e continue a diversificar o seu leque de ofertas turísticas, por forma a responder às exigências atuais e a novas que surjam, além das pretensões  por parte de quem a visita. 
As infra-estruturas e serviços que a cidade contém têm uma importância crucial no sucesso da actividade turística da cidade de Guimarães, sendo que contribuem para aumentar a competitividade e qualidade da oferta turística local, assim como para a satisfação das necessidades de um turista cada vez mais exigente. Para além disso, é necessária uma aposta diversificada nos motivos para atrair mais visitantes à cidade de Guimarães, com o intuito de atrair um público diversificado, para tentar colmatar a sazonalidade turística da mesma. 
Vários estudos que foram feitos revelam que a permanência dos visitantes/turistas  na cidade é muito curto. Esta situação demostra que, apesar dos esforços da autarquia, o produto turístico que a cidade oferece ainda não tem capacidade de fazer prolongar o tempo de estadia dos visitantes. 
Procurar prolongar o tempo de visita na cidade passa pelos objetivos da autarquia local, com o intuito de dar a conhecer aos turistas que Guimarães tem uma oferta turística que justifica programar e prolongar a sua visita e estadia. 
As instituições/associações culturais, recreativas e desportivas locais desempenham um papel fundamental, na medida em que têm a seu cargo espaços de aprendizagem, de convívio e ocupação de tempos livres. Estas, encontram-se dispersas por todo o município, sendo consideradas como elementos de reunião/união das populações em torno do seu espaço de residência, com relativa capacidade de animação e mobilização local. É a partir deste ponto que, na minha opinião, é crucial para fazer a “ponte” com a promoção e divulgação da cidade, que deverá sublinhar o facto dela ser considerada o Berço de Portugal e, no facto de ao longo da sua existência sempre preservar e reabilitar, da melhor forma o seu vasto e rico património histórico e monumental, que desta forma contribuiu para a candidatura a Património da Humanidade em 2001.
Foi assim premiada com a atribuição do estatuto, e esse facto, conjuntamente com a sua participação na realização do Euro 2004, terão tido relevância na sua escolha para ser Capital Europeia da Cultura em 2012 e, em 2013, a Capital Europeia do Desporto. Estas foram, podemos assim dizer, importantes formas de divulgação da cidade no mercado interno e externo.
No que concerne ao turismo, sendo ele deveras importante para a cidade, é importante que se estabeleça um conjunto de estratégias que possam contribuir para um aumento de visitantes/turistas à cidade em questão. E para que tal se torne possível é necessário em primeiro lugar promover e divulgar a cidade dentro e fora de Portugal, realizando campanhas de divulgação. Posto isto, é imprescindível fazer com que a permanência dos turistas aumente, apresentando ao visitante/turista a cidade como um destino atrativo, com equipamentos hoteleiros com uma boa relação qualidade/preço, assim como atividades diversificadas complementares à atividade turística, para assim conseguir a permanência dos turistas na cidade, por mais tempo. 
É importante também qualificar e diversificar a oferta turística, pois no mercado competitivo de turismo urbano, é essencial a afirmação, para fazer face às várias cidades concorrentes, apostando na qualidade e variedade dos serviços e produtos que oferece. 
Para além disso, e como referido anteriormente, o património cultural existente deve ser conservado e preservado, na medida em que constitui uma parte significativa da oferta cultural local, que deve ser diversificada e de qualidade para se afirmar perante um conjunto de cidades, tanto nacionais como europeias, com forte dinâmica cultural.
Por último, importa atrair públicos diferenciados, em especial os mais jovens, por forma a estabelecerem uma relação mais próxima com as diversas áreas culturais.
Em suma, a actividade turística, no contexto de desenvolvimento da cidade de Guimarães, apresenta-se como uma importante linha estratégica de intervenção. Contudo, e para que esta actividade se revele competitiva e empreendedora, é necessário que os responsáveis apostem numa política integrada e sustentada. Todavia, a capacidade de atracção turística vimaranense não pode estar limitada ao seu património construído e à sua história. Tem de ser mais diversificada e de qualidade inquestionável.
Segundo, Licínio Cunha (1997), o turismo português enfrenta graves problemas, como a sazonalidade, a queda da receita por turista, os desvios da procura, ou a inadequação da oferta, importa pensar corretamente o futuro deste setor. A minimização destes problemas poderá contribuir positivamente para a economia local e para o desenvolvimento da actividade turística de Guimarães.

Elisabete Araújo 

Bibliografia/Sitografia
CUNHA, L., 1997, Economia e Política do Turismo
http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/tek/n14/n14a16.pdf

(artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular "Economia e Política Regional" do Mestrado em Geografia, do ICS/UMinho) 

sexta-feira, maio 16, 2014

Chão Urbano: nº2, Maio/Junho 2014

«Estamos Lançando o Nº2 do Chão Urbano, Ano XIV, com Artigo sobre transportes!!

Este é um tema de grande relevância social no Brasil, estando na pauta de debates e manifestações da população que o tem compreendido como das questões mais importantes para seu cotidiano. O artigo provoca reflexões sobre o que entende como sendo ações de reordenamento dos meios e formas de deslocamento no Rio de Janeiro com foco na implantação do BRT TransCarioca.

(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio eletrónico, proveniente da entidade identificada)


quarta-feira, maio 14, 2014

"Call for abstracts X Colóquio Ibérico de Estudos Rurais"

«Caros Colegas
Está aberto, até dia 31 de Maio de 2014, o call for abstracts para a X edição do Colóquio Ibérico de Estudos Rurais, que terá lugar de 16 a 17 de outubro em Palencia, Espanha sob o tema genérico Territórios Rurais, Agriculturas Locais e Cadeias Alimentares.
Os resumos devem ter 300 palavras e ser submetidos online, através da plataforma criada para o efeito no website do X CIER: 
http://www.chil.org/rural/group/cier
Esperamos poder contar com a vossa presença no X CIER que, nesta edição e pela primeira vez congrega diversas associações, para além da SPER e da AEEA (a FES, a AGE e a SEHA), na linha da necessária abertura a todos os estudiosos dos estudos rurais. 
As áreas temáticas do X CIER são: 
1 – El papel actual de la agricultura familiar y cooperativa
2 – Canales cortos y mercados locales
3 – Gobernanza territorial y gestión de recursos
4 – Alimentación y medio ambiente
5 – Territorios productivos y cadenas de valor agroalimentarias
6 – Turismo en espacios rurales
7 – Sostenibilidad social y desarrollo rural y local
8 – Nuevos agentes y actividades en territorios rurales
Com os melhores cumprimentos
Pela Direção da SPER
Elisabete Figueiredo»

(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio eletrónico, proveniente da entidade identificada)

sexta-feira, maio 09, 2014

Acadêmico Mundo: edição do número 3 da revista

«Quero agradecer a ajuda de todos, com seus artigos, correções, apoio, tudo. Não é fácil fazer uma edição semestral, mais começamos em junho de 2013 e agora em maio de 2014 e já estamos na terceira edição (menos de um ano e três edições).

Conseguimos também lançar três livros na edição especial da revista Acadêmico Mundo, favor divulgar.»

(reprodução parcial de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio eletrónico, proveniente da entidade identificada)

quinta-feira, maio 08, 2014

How does gender affect visiting a World Heritage Site? The case study of Guimarães

«Abstract
Until present few studies have been undertaken in Portugal dealing with the attitudes, motivations, and profile of tourists who visit World Heritage Sites. Also, few studies have dealt with destination image (e.g., Agapito, Mendes & Valle, 2010; Lopes, 2011). As far as we know, none have approached the issue of gender differences in the choice of a Portuguese heritage destination.

Since cultural tourism destinations need to differentiate themselves from each other, appropriate market segmentation must be based on a deep understanding of the customers’ motivations and preferences. Keeping in mind results from empirical literature (e.g., Silberberg, 1995; Beerli & Martin, 2004; Richards, 2004; Pérez, 2009; Sheng, Shen, & Chen, 2008), gender seems to be a possible approach to market segmentation, whether for Guimarães or for other cultural tourism destinations around the world.

Guimarães, located in the north-western region of Portugal, is a city of strong symbolic and cultural significance, and the nomination of its historical centre as a World Heritage Site in 2001 enhanced its tourism potential. This study investigates the possible relation between gender and attitudes and motivations towards a World Heritage Site, such as Guimarães. Additionally, the empirical approach used in the study tries to capture differences in the perceived attributes of the city. Commonalities and distinctions within and between groups of tourists, by focusing on the specific characteristic of gender, were analysed.

The study addressed two main questions: first, whether males and females have similar or different preferences in choosing the city as their destination; and, second, whether there are gender differences in the perception of the attributes of Guimarães. A better understanding of the gendered nature of the destination is a valuable cue for shaping products and services according to visitors’ preferences.

Based on the objectives for this research, a survey among visitors to Guimarães was conducted during three different periods over a year’s duration in 2010 and 2011, bearing in mind the seasonality of the visitation rates. Also, the city’s tourist potential is not equally distributed as, in a municipality of 69 parishes, only eight have at least two tourist facilities, and they are mostly located in the historic centre of Guimarães. Therefore, this study’s population was composed by visitors to all destinations within the city that have tourist potential. A questionnaire was administered to a sample of those visitors.

The questionnaire was applied in the two tourism offices in the city. One of these is inside the World Heritage area, and the other is in the city’s historical centre. The questionnaire was self-administered, although each tourist was asked to complete it in the presence of tourism office employees, who would answer any questions for the tourists while they were completing the questionnaire.

The questionnaire integrated ten structured questions with dichotomous and multiple-choice formats, requiring only a short time to complete. It was divided into two parts: one connected directly to the research subject (motivations of tourists), and the other with demographic indicators that made it possible to define a demographic profile of the respondents (e.g. gender, age, marital status, education). Of the 300 questionnaires completed, 276 were validated and submitted for statistical analysis. The remaining 24 had incomplete answers and were not considered.

Since we had many variables (21) to measure tourists’ perceived image of Guimarães, it was decided to partially adapt Meng and Uysal’s (2008) and SooCheong and Liping’s (2002) process for data reduction of destination attributes, transforming the original set of variables into four composite factors. To create the composite factors, the responses for several variables were combined into one composite variable, considering and adapting the results of the factor analysis of the aforementioned authors. Independent sample t-tests were used to examine gender differences regarding perceived factors and individual attributes.

From the survey results, the most important distinguishing factors were the profile of the visitors in terms of gender (female: 63%) and education (university degree: 55.2%). These results follow the analysis of Silberberg (1995), who found a predominance of females and more highly educated individuals travelling to such places. Regarding age, respondents under 45 years old predominated in this study, contrary to what is generally common in cultural tourists. However, it seems useful to consider the claim of Richards (2006 and 2007, cited by Pérez, 2009) that the segment of tourists between 20 and 29 years old has been increasing lately.

The results suggest that both men and women were aware of the main elements responsible for the city’s World Heritage status, and that the destination is a Heritage Site that also offers the opportunity to tour the region, which has shown to have a significant positive effect on male tourists’ choice of Guimarães. Regarding the perceived attributes of the city, results indicate minor gender differences with one exception: women expressed more apprehension than males regarding the perceived security of the destination. This finding is consistent with other previous gender research stating that women have also shown more concern about security (Mieczkowski, 1990; McGehee, Loker-Murphy & Uysal, 1996; Meng & Uysal, 2008). Due to the nature of this issue and the way it can affect the image of the destination, it should have the attention of local authorities, even when it is only necessary to deal with a perceived problem and not necessarily a real one.

With regard to limitations, the study was not able to clearly differentiate tourists from other types of visitors. In addition, only visitors who directly contacted the tourist information offices were asked to participate in the survey. Therefore, many potential sources of selection bias could be present and the non-probability nature of the sampling procedure limits any definitive or conclusive statements about the results. However, the main limitation of this study is that it is solely a quantitative study. The narratives, preferences, and behaviours of male and female tourists as envisaged previously were not present in the survey. This gap should help to investigate further differences using gender. Furthermore, open questions were not included to allow female and male participants to clarify the reasons behind their various answers.

Keywords: Tourism motivations, Gender differences, Cultural tourism, Guimarães.

PAULA CRISTINA REMOALDO [cris.remoaldo@gmail.com]
LAURENTINA VAREIRO [lvareiro@ipca.pt]
JOSÉ CADIMA RIBEIRO [jcadima@eeg.uminho.pt]
JOSÉ FREITAS SANTOS [430jfsantos@gmail.com]

References
Agapito, D., Mendes, J., & Valle, P. (2010). Destination image: Perspectives of tourists versus residents. European Journal of Tourism, Hospitality and Recreation, 1(1), 90-109.
Beerli, A., & Martin, J. M. (2004). Tourists’ characteristics and the perceived image of tourist destinations: A quantitative analysis – a case study of Lanzarote, Spain. Tourism Management, 25, 623-636.
Lopes, S. (2011). Destination image: Origins, development and implications. Pasos – Revista de Turismo e Patrimonio Cultural, 9(2), 305-315.
McGehee, N. G., Loker-Murphy, L., & Uysal, M. (1996). The Australian international pleasure travel market: Motivations from a gendered perspective. The Journal of Tourism Studies, 7(1), 45-57.
Meng, F., & Uysal, M. (2008). Effects of gender differences on perceptions of destination attributes, motivations, and travel values: An examination of a nature-based resort destination. Journal of Sustainable Tourism, 16(4), 445-466.
Mieczkowski, Z. (1990). World trends in tourism and recreation. American University Studies Series XXV Geography (Vol. 3). New York, NY: Peter Lang.
Pérez, X. (2009). Turismo cultural: Uma visão antropológica. Colección Pasos Edita, 2. El Sauzal, Tenerife: Asociación Canaria de Antropología and PASOS, Revista de Turismo y Patrimonio Cultural.
Richards, G. (2004). The festivalisation of society or the socialisation of festivals: The case of Catalunya. In G. Richards (Ed.), Cultural Tourism: Globalising the local – localising the global (pp. 187-201). Tilburg, Netherlands: ATLAS.
Sheng, C., Shen, M., & Chen, M. (2008). An explanatory study of types of special interest tour preferences and preference demographic variables analysis. International Journal of Culture, Tourism and Hospitality Research, 2(3), 271-284.
Silberberg, T. (1995). Cultural tourism and business opportunities for museums and heritage sites. Tourism Management, 16(5), 361-365.
SooCheong, J., & Liping, C. (2002). Travel motivations and destination choice: A study of British outbound market. Journal of Travel & Tourism Marketing, 13(3), 111-133.

(reprodução de resumo alargado de comunicação apresentada em Gentour 2014 - Gender in Tourism 2014, 2nd edition, a de correr na Universidade de Aveiro, entre 7 e 10 de Maio de 2014)

quarta-feira, maio 07, 2014

Residents’ perceptions on impacts of hosting the “Guimarães 2012 European Capital of Culture”: comparisons of the pre- and post-2012 ECOC

 Abstract

Residents tend to have high expectations about the benefits of hosting a mega-event. So, it was not surprising that the nomination of GuimarãesPortugal, as the 2012 European Capital of Culture (2012 ECOC) had raised great expectations in the local community towards its socio-economic and cultural benefits. The present research was designed to examine the Guimarães residents’ perceptions on the impacts of hosting the 2012 ECOC approached in two different time schedules, the pre- and the post-event, trying to capture the evolution of the residents` evaluation of its impacts. For getting the data two surveys were applied to Guimarães` residents, one in the pre-event phase, in 2011, and another in the post-event phase, in 2013. This approach is uncommonly applied to Portugal data and it is even the first time it was done to a Portuguese European Capital of Culture. Using a factor analysis, the result of t-tests indicate that there were significant differences (p«0.05) between the samples from the pre- and post-2012 ECOC on two positive impact factors ("Community` benefits" and "Residents` benefits") and one negative impact factor ("Economic, social and environmental costs"). Respondents also showed a decrease of mean values in all dimensions, except “Changes in habits of Guimarães residents”

Keywords: Guimarães 2012 ECOC; mega-events impacts; residents’ perceptions; temporal effects.

Paula Cristina Remoaldo, Department of Geography, University of Minho and CICS/NIGP, Braga, Portugal
Laurentina Vareiro, Polytechnic Institute of Cávado and Ave, Barcelos, Portugal
J. Cadima Ribeiro, University of Minho and NIPE, Braga, Portugal
J. Freitas Santos, Polytechnic of Porto, Accountancy and Administration Institute/CECEJ and NIPE, University of Minho

(reprodução de resumo da comunicação a ser apresentada na conferência  INVTUR 2014 - International Conference, 7 a 10 de Maio de 2014, Universidade de Aveiro, Portugal)

quinta-feira, maio 01, 2014

GEOCACHING

Gosta de descobrir sítios incríveis? De aventura? E desporto? Então vai querer conhecer o jogo Geocaching e tornar-se um Geocacher. É uma excelente forma de conhecer novos espaços, cidades e países.
O Geocaching é um hobby e até ponderado como um desporto, que tem cativado miúdos e graúdos por todo o mundo. Considerado como a caça ao tesouro do século XXI, é uma atividade que se realiza ao ar livre que incentiva a prática de exercício físico, ao contacto com a natureza, à criação de novos laços de amizade e até nos leva a sítios fantásticos que não tínhamos noção que existiam. Este jogo tem como objetivo encontrar uma simples caixa escondida, denominada de Cache, que contém um logbook (uma espécie de bloco de notas onde cada visitante da cache deixa a sua assinatura e a data da descoberta) e um objeto para troca. Quando encontrada uma cache, se se retirar algo do tesouro, deve-se colocar outra peça em troca no mesmo lugar e registar a sua experiência tanto no logbook como no meio online. O tesouro na caixa pode ser um pequeno presente simbólico ou uma pista, adivinha ou prova para encontrar outra cache.
Os jogadores localizam as caches escondidas pelos outros praticantes da modalidade através das coordenadas de GPS fornecidas no site geocaching.com. Neste, também é colocada alguma informação útil sobre o espaço, dando a conhecer a história ou alguma curiosidade do local ou monumento e, consoante o grau de dificuldade da Cache, pistas para a descobrir. Há diversos tipos de caches, as mais acessíveis são colocadas à superfície e as mais trabalhosas escondidas em locais de acesso mais condicionado, como em refúgios subterrâneos ou subaquáticos e povoamentos florestais densos. O Geocaching é uma atividade que se difere pelos esforços que faz para preservar a natureza e criar uma consciência ambientalista: é pedido aos praticantes que recolham o lixo existente nas áreas onde praticam a atividade e as mantenham limpas.
A primeira cache com auxílio de GPS foi colocada em Portland, nos Estados Unidos, a 3 de Maio de 2000 por Dave Ulmer, na sequência da decisão do governo norte-americano que, a 1 de Maio desse mesmo ano, libertou o sinal de GPS para uso civil. Desde então o Geocaching tornou-se um jogo popular que conquistou todo o mundo. No início de 2012, estavam disponíveis cerca de 1 milhão e 600 mil caches e o número de praticantes rondava os 5 milhões (Fonte: www.geocaching.com). Este crescimento deve-se a diversos fatores, como a elevada penetração das novas tecnologias móveis de informação e comunicação na sociedade, assim como a tradição de atividades de turismo e lazer outdoor.
Em Portugal, a primeira cache surgiu em Maio de 2001, na Ilha Terceira (Açores), colocada por um militar dos EUA. O início do Geocaching a nível nacional ocorreu nesse mesmo ano, em Lisboa, com a cache GC1DA: AlfaRomeu Abandonado! Desde essa data, o número de praticantes portugueses e de caches existentes em todo o país cresceu de forma regular, visto que em 2011 havia cerca de 17 mil caches e mais de 13 mil Geocachers portugueses (Fonte: www.geopt.org).

Cátia Sofia Vieira Fernandes

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo” do curso de Mestrado em Economia Social, da EEG/UMinho]

Os Impactos Positivos da Copa do Mundo de 2014 para o Turismo no Brasil

Muito se fala no Brasil hoje sobre os verdadeiros benefícios que a Copa do Mundo pode trazer para o país. Na verdade, já há pelo menos 2 anos que há uma grande inquietação entre muitos brasileiros sobre a viabilidade econômica do evento e as perspetivas futuras que possa trazer.
Afirma-se que já foram gastos 30 mil milhões de reais. Na verdade, o valor é menor. Mas a questão relevante é que, mesmo que fossem 30 bilhões de reais, o que isso realmente representa?
Quem acompanha a dinâmica da macroeconomia do Brasil sabe que a arrecadação de impostos pelo governo federal brasileiro no ano de 2013 foi de mais de um trilhão de reais, ou seja, mais de mil bilhões de reais. Isso somente em 2013. Levando-se em conta que o governo federal arrecadou também mais de 1 trilhão em 2012, o total dos dois anos fiscais corresponde a 2 trilhões. Como as obras para a Copa foram iniciadas em 2011, soma-se ainda outro 1 trilhão, resultando no período um total de 3 trilhões de reais. Os gastos com o evento desportivo não chegam a 1% do valor arrecadado com impostos somente.
As críticas principais referem-se ao que o país deixa de investir na Educação, por exemplo, ao desviar esse montante para os gastos públicos com a Copa. Mas a verdade é que em 2011 e 2013, somente para o Fundo de Desenvolvimento de Educação Básica, o governo destinou 92 mil milhões de reais. Ou seja, somente em uma iniciativa do Ministério da Educação investiu-se mais de três vezes o dito valor gasto com o evento da FIFA. 
Contudo, o que mais impressiona, e que boa parte da população desconhece, é que segundo o Portal da Transparência da Copa, site elaborado pelo governo federal para monitorar os gastos antecipados e concretizados com o evento, não foi gasto um centavo sequer do Orçamento da União com a construção e reforma das arenas desportivas, alvo principal dos queixosos, gastos esses que teriam consumido 8 mil milhões do erário público. Entretanto, vale salientar que muitas das despesas com os estádios foram viabilizadas através de parcerias público-privadas entre governos estaduais e construtoras, formando consórcios que por contrato vão administrar as arenas de futebol pelas próximas décadas. Fora alguns estádios construídos que possam ser questionados em termos e viabilidade, as reformas efetuadas na maior parte deles foi bem mais do que justificada. Muitos dos estádios de propriedade dos governos municipais e estaduais já estavam com suas estruturas comprometidas, pondo em risco inclusive a segurança dos adeptos.
Além disso, fora os gastos diretos com os estádios, os investimentos são em sua maioria relacionados à infraestrutura das cidades-sedes da Copa. São gastos mais relacionados à mobilidade urbana, aeroportos, estruturas portuárias, estradas, túneis, pontes, viadutos, corredores de autocarros e outras obras. São investimentos que devem trazer benefícios para as cidades anos após o término do evento. Foi nesse tipo de investimento que o governo brasileiro colocou verbas do Orçamento.
Um outro retorno significativo é o benefício para o turismo. Segundo estimativas da Embratur, empresa pública gestora do turismo, cerca de 600 mil turistas estrangeiros são esperados durante a Copa do Mundo, os quais devem deixar nas cidades-sede e outras atrações turísticas algo em torno de 7 mil milhões de reais. Sem contar com benefícios indiretos, com turistas conhecendo de perto as belezas naturais do país e divulgando-as no exterior.
No exemplo da África do Sul, país-sede da Copa de 2010, foi observado um aumento de 15% no número de turistas estrangeiros em relação a 2009, com uma tendência de crescimento que se manteve nos anos seguintes. Em 2011, por exemplo, o número de turistas estrangeiros que visitaram a África do Sul cresceu em 3,3% em relação a 2010.
Como o número de turistas que visitam o Brasil todos os anos é considerado muito baixo, espera-se que os benefícios para o turismo sejam multiplicados.
Resta-nos acompanhar se o efeito positivo no longo prazo da Copa do Mundo se confirmará.

Fabio Montez

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo” do curso de Mestrado em Economia Social, da EEG/UMinho]

As Potencialidades do Turismo Náutico

Da consulta ao Plano Estratégico Nacional do Turismo relativo ao Turismo Náutico, este produto tem elevado potencial, pois Portugal dispõe de condições favoráveis para a prática de diversas atividades náuticas, podendo até conciliá-las com outras, de diferente cariz.
Apesar deste produto apresentar vantagens, ainda muito falta expandir para colocar Portugal como um dos principais destinos turísticos neste segmento. Mas para concretizar esta aposta no Turismo Náutico, é necessário: aumentar a oferta de marinas e portos de recreio; criar infraestruturas sustentáveis (que se integrem e valorizem o meio ambiente), com boas condições físicas e económicas de atracagem; desenvolver e organizar uma oferta de bens e serviços diversificados e de qualidade.
Para o sucesso deste produto, é importante que o destino tenha sucesso e seja procurado para estadia. É essencial também que se ofereça serviços básicos nas proximidades, para facilitar as deslocações (marinas, postos de amarração, estaleiros de reparação naval, postos de combustível, etc). 
Como sugestões para o desenvolvimento deste produto turístico apresento as seguintes:
Valorizar os recursos existentes e organizá-los em produtos turísticos, com base em  padrões da sustentabilidade;
 Investir em comunicação junto dos turistas que visitam Portugal, no sentido de mostrar toda a oferta turística do país, de forma a incentivá-los a regressar e visitar novos locais;
Reduzir os processos legislativos e burocráticos existentes;
A criação de um site, como forma de melhor gerir, aproveitar e respeitar o património marítimo do país, que reúna toda a informação relativa à oferta náutica, como nos rios, nas barragens, no mar, nos estuários, lagoas, com vista a oferecer-se a quem por este se interessa. Além do site, a promoção do turismo náutico passaria também por presença da respetiva hiperligação nos sites de todos os institutos que estivessem ligados com este produto, canais/ redes sociais, Turismo de Portugal;
Apostar no público-alvo que melhor sirva a estratégia nacional e regional, fidelizando-o (apostar também no Turismo Interno); 
Aumentar o número de amarrações para efeitos turísticos (principalmente a norte do país);
Promoção contínua e adequação às tendências da procura;
Criação de parcerias entre as várias entidades gestoras do espaço hídrico e zonas ribeirinhas adjacente;
A organização de eventos náuticos e turísticos de forte projeção internacional, como forma de afirmação da imagem e identidade dos diversos portos/cidades, e como motor da confirmação do país como destino de «Turismo e Recreio Náutico»;
Apostar em nichos de mercado emergentes ou com maior potencial, atendendo à evolução da náutica de recreio a nível internacional, através de estratégia comercial forte e bem direcionada;
A constituição de parcerias e o estímulo da participação e responsabilização de todos os que interagem no país /região dos projetos criados, com o duplo objetivo de captação de investimento privado e garantia de viabilidade.
Com estas sugestões, deseja-se que sejam criadas condições para uma redescoberta de locais (rios, barragens, estuários, etc.) aumentado as potencialidades para a expansão da náutica de recreio, para valorização e crescimento económico do país e das regiões. 
A aposta no produto estratégico «Turismo náutico» é benéfica para o turismo do nosso país na medida em que: alarga a época turística; conquista mercados de maior poder aquisitivo; reforça a imagem de turismo de qualidade; e, de certa forma, desenvolve o sector de atividades náuticas. Do mesmo modo, será benéfico para o turista: reduzindo a sazonalidade existente; garantindo produtos de qualidade; facilitando o acesso dos produtos à procura; centrando as compras de material náutico; etc.
Por outro lado, também a população em geral vai beneficiar do turismo náutico. Por exemplo, o aumento da atividade económica ao longo do ano e a atracão de pessoas com mais poder de compra levam ao alargamento dos períodos de abertura e consequentemente, a um aumento de receitas, o que implica a criação de mais postos de trabalho e uma melhor qualidade de vida para os habitantes.

Ana Rita Castelbranco

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo” do curso de Mestrado em Economia Social, da EEG/UMinho]

Portugal vs Mundo - ´Let the games begin`!

Portugal tem vindo nestes últimos anos a aparecer bastantes vezes nos meios de comunicação social europeus e mundiais, e não se pense que é só pelas piores razões, mas sim pelo facto do nosso país estar a ganhar posição no turismo em relação a outros destinos. A cidade do Porto foi distinguida como o melhor destino europeu do ano de 2014 e Lisboa o segundo melhor destino europeu em 2013, e como melhor destino para ´City Breaks´ da Europa, em 2013, entre muitos outros galardões para estas cidades e não só. Estas são distinções importantes que ajudam a colocar o nosso país “no mapa” e também como publicidade para o nosso país. 
O clima, a cultura, a gastronomia, a beleza natural e a história aliada ao modernismo são algumas das características que mais atraem turistas ao nosso país. A hospitalidade do povo português é reconhecida por todo o lado. Também no que toca ao setor hoteleiro nacional, este tem ganho cada vez mais peso. Três hotéis portugueses estão no TOP 25 da Europa, segundo o TripAdvisor Traveler’s Choice de 2014. De acordo com o HostelWorld, Portugal conta com 11 unidades entre as melhores a nível mundial. O Home Lisbon Hostel, por exemplo, situado em Lisboa, ganhou o prémio de Melhor Hostel de Porte Médio do Mundo, no pretérito ano.
De acordo com informações do Turismo de Portugal, 2013 foi o ano de viragem de promoção do destino “Portugal”. A campanha teve uma abrangência a nível internacional e, segundo a mesma fonte, esta conduziu a resultados que garante terem sido decisivos para fazerem do último ano o melhor de sempre neste setor. Portugal cresceu 4,2% em número de hóspedes, registando 14,4 milhões e 5,2% em relação às dormidas, com um valor de 41,7 milhões. No mesmo ano de 2013, o Saldo da Balança Turística foi de 6,1 mil milhões de euros, que significa um aumento de 8,3% face a 2012, o que evidencia o forte contributo deste setor para o equilíbrio das contas externas de Portugal, segundo o Turismo de Portugal. 
O pretérito ano teve, assim, resultados únicos que contribuíram para que o país fosse distinguido a nível internacional e reconhecido, cada vez mais, como um destino de excelência. O relatório Nation Brands, da Brand Finance, destacou Portugal na lista de “top performers”, em 2013, na área do Turismo. Com este estudo Portugal está, assim, pela primeira vez no TOP 10 do Turismo Mundial. Também a ABTA, associação de viagens britânica, considera Portugal como um dos melhores destinos para férias. Também o World Economic Forum elegeu Portugal como o 7º melhor país do mundo na receção aos turistas.  
Os agentes portugueses começam a perceber que o turismo é uma coisa séria, e que é um meio de alavancagem da economia portuguesa. Percebem que não temos só o Algarve mas sim todo um país, com as mais diversas formas de ver, viver e sentir e de criar novas experiências a quem o visita. Mas para isso é necessário continuar a trabalhar e a investir na comunicação de vários produtos turísticos que o país tem e atrair mercados estratégicos, bem como conceber formação adequada de todos os agentes envolvidos, à população local entre outros. É necessário sensibilizar as pessoas para o que é verdadeiramente o turismo e mostrar o quão favorável pode ser para todas as pessoas e para o nosso país.

Pedro Oliveira

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo” do curso de Mestrado em Economia Social, da EEG/UMinho]

“Em Portugal, há mar e mar, há ir e voltar”

As motivações «Sol e Mar» continuam a ser as predominantes da procura turística, daí que seja nos meses mais quentes que o país seja mais procurado pelos turistas e o número de dormidas nos estabelecimentos hoteleiros aumente. Sendo nos meses de Junho, Julho, Agosto e Setembro que se registam os valores mais elevados da ocupação dos estabelecimentos hoteleiros. 
Apesar da elevada procura deste produto turístico, esta procura restringe-se a um curto período de tempo. A sazonalidade é uma das principais características do turismo e Portugal não foge à regra. Apesar dos esforços que se têm feito no sentido de atenuar esta característica, a verdade é que ainda não se encontrou soluções eficazes para atenuar os seus efeitos.
Será importante apostar na divulgação de outros locais e não apenas do Algarve, como âncora para o crescimento e amadurecimento de outros produtos: turismo residencial, turismo de saúde e bem-estar. Uma vez que este produto está muito limitado pela sazonalidade, é importante apostar em produtos complementares para atrair e conquistar os turistas. 
A título de exemplo, refiro a criação de mais resorts no Algarve e em outros pontos do país, que estão integrados em destinos conhecidos de «Sol e Mar», visto que muitos turistas procuram o descanso e o relaxamento, sendo a meu ver vantajoso incorporar a prática de atividades que não requerem muito esforço como uma forma lúdica e atrativa de relaxamento e descanso físico e mental (como é o exemplo do Ioga, da prática de golf e da navegação em embarcações confortáveis, etc.). Para tal, será necessário identificar a existência de condições naturais, materiais e ambientais que garantam a satisfação da necessidade/motivação de relaxamento e descanso.
Este produto poderá ser mais explorado e dinamizado, atraíndo ainda mais turistas ao nosso país. Para tal, é importante criar mais condições em locais ainda pouco divulgados e com muitas potencialidades por explorar (a nível de empreendimentos turísticos e rede de infraestruturas, entre outras), apostando também em segmentos de mercado diferentes dos habituais, como é o caso da população sénior. Assim, penso que Portugal deveria aproveitar as oportunidades com o objetivo de aumentar a rentabilidade criada pelo turismo «Sol e Mar», modelo de turismo que se encontra atualmente em fase de esgotamento em outros países do mundo.
Somos da opinião que muito mais haverá a fazer para que Portugal se torne uma referência a nível Europeu e internacional no destino «Sol e Mar».
 Em primeiro lugar, é necessário apostar na requalificação das zonas costeiras e paisagem (principalmente a nível de obras de requalificação nas praias mais afetadas pelo mau tempo), melhorar a oferta de hotéis (qualidade/preço) e restaurantes de qualidade, melhorar as acessibilidades e rede de infra-estruturas e reforçar a segurança nas praias, de maneira a que o turista se sinta mais seguro. 
Em segundo lugar, seria interessante a realização de um vídeo promocional onde fosse destacada a beleza e características peculiares de todas as praias portuguesas e não só das mais emblemáticas, com o objetivo de posicionar e promover Portugal como um destino de «Sol e Mar» entre o público-alvo. O desenvolvimento de um folheto informativo sobre as atividades oferecidas em combinação com o produto «Sol e Mar», opções de alojamento, ofertas especiais, entre outras, onde a divulgação seria feita diretamente em feiras e agências de promoção de Portugal. No mesmo sentido, iria o desenvolvimento de uma área específica do produto «Sol e Mar» no portal do Turismo de Portugal, de forma a fornecer toda a informação relativa ao sector e interligar os links às páginas relevantes, criando um sistema de reservas uniforme.
Justifica-se também a criação de uma rede de intermediários de viagens especializados na oferta do produto turístico «Sol e Mar», que servirá como referência para a comercialização e promoção de mercados emissores.
Assim, pelo que acabo de referir, este produto turístico ainda poderá ser bastante aproveitado e explorado pelos agentes económicos.

Ana Isabel Ferreira Fernandes 

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo” do curso de Mestrado em Economia Social, da EEG/UMinho]